domingo, 17 de junho de 2012

HISTÓRIA DO KARATÊ


Karate foi originado na Índia ou na China, há aproximadamente doze séculos. A medida em que a arte foi sendo desenvolvida, estudada, cultivada e transmitida através das gerações, mudanças e contribuições foram somadas para a formação de diversos estilos de karate em evidência atualmente.
Há milênios já existiam formas de lutas sem armas, e na época dos samurais no Japão, não existia o conceito de esporte. os guerreiros praticavam artes marciais também como forma de exercícios físicos, através dos quais educavam a disciplina, a moral, o civismo e impunham a paz e a moral à sua Nação.
O grande responsável pelo desenvolvimento do karate, foi o mestre Gichin Funakoshi, que introduziu o karate como esporte no Japão e foi convidado pelo ministério da educação japonês, para dar aulas de karate nas escolas e universidades do país. O mestre Funakoshi pretendeu com seu método que visava a educação física como forma de defesa pessoal, aliada à filosofia dos samurais, mas com base científica, ajudar os estudantes em sua formação como homens e cidadãos úteis a sociedade, tudo isso, sem perder o verdadeiro espírito marcial da luta.
O karate foi considerado "arte divina" pela sua grande eficiência no combate real. Um dos fatos mais importantes para o desenvolvimento do karate, foi o surgimento do "karate-competição" como esporte. Nos anos 30 e 40, o karate começou a se espalhar pelo mundo.
Aqueles poucos indivíduos, que realmente alcançaram uma alta condição na arte do karate, exibem capacidades que parecem estar próximas dos limites do potencial humano. O praticante de karate, uma pessoa altamente treinada nos aspectos físico-mentais, quando se confronta com o atacante, apresenta um comportamento diferenciado e da provas de sentimentos completamente incomuns a alguém tão ameaçado. Existe um ruptura de pensamento intelectual e de emoções como raiva, medo e orgulho. Em lugar disso, ele não se sente como indivíduo separado das coisas que o cercam, como um indivíduo em seu ambiente. Até mesmo seu oponente é olhado como uma extensão de si próprio. É natural que tais sentimentos subjetivos estejam abertos ao estudo científico.
INTRODUÇÃO FILOSÓFICA AO KARATE-DO
Estes são os lemas do lutador de karate:
I- Esforçar-se para formação do caráter (Disciplina);
II- Criar o intuito de esforço (Determinação);
III- Respeitar acima de tudo (Respeito);
IV- Conter o espírito de agressão (Desapego);
V- Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão (Honra).




A palavra "karate" é derivada de uma expressão usada na filosofia zen, que pode ser considerada como parte integrante da filosofia oriental. A palavra "sora" que se pronuncia também como "kara" ou "kuu", representa o universo. No pensamento zen, a palavra contém o ato ou processo de libertação da pessoa ou seu ego, conseguindo um estado de mente que não é afetado por nada, isto é, estado de inexistência. Este "estado", significa o esforço para livrar a pessoa de qualquer tipo de desejo e desenvolver um caráter respeitável. Portanto o verdadeiro propósito do karate é treinar de tal forma que o praticante possa viver de maneira agradável, saudável, honrado e digno, sem criar problemas, sem temer ao forte ou poderoso, sem se humilhar ante o homem influente, e sem se tornar cego pelas riquezas da terra (desapego). Esse equilíbrio existe através do In e You, que em conjunto, formam o universo, numa combinação do positivo e negativo. O significado atual do karate, se deve ao mestre Gichin Funakoshi, que mudando o sentido original do nome, introduziu a palavra KARA com significado de vazio, Céu, Universo. TE significa mão e DO caminho. Literalmente karate significa o caminho das mãos vazias (Por isso se diz que o lutador de karate usa o próprio corpo como armas para lutar) ou num sentido mais filosófico, caminho que contém o universo.
No karate existe uma famosa expressão do mestre Funakoshi: "Karate Ni Sente Nashi", que significa que primeiro a defesa é importante, depois o ataque, sem perder o espírito ofensivo, esse provérbio explica claramente o objetivo do karate que é conter o espírito de agressão. Dessa forma, nota-se a atitude de respeito na prática do "Kata" (Luta imaginária), as quais sempre se iniciam com técnicas de defesa.

Funakoshi com 20 ensinamentos:
01- O karate inicia-se e termina com saudações.
02- No karate não existem golpes de agressão.
03- O karate apóia o caminho da razão.
04- Conheça-se a si próprio antes de julgar os outros.
05- A principio lapidar o espírito, depois a técnica.
06- Evitar o descontrole do equilíbrio mental.
07- A falha surge com a acomodação mental e física.
08- O karate não se limita apenas ao Dojo.
09- A essência do karate se descobre no decorrer da vida.
10- Dará frutos quando associado a vida cotidiana.
11- O karate é igual água quente: se não recebe calor constantemente ela esfria.
12- Não pense em vencer, mas não pense em derrota.
13- Mude sua posição conforme o tipo de adversário.
14- A luta depende do bom motivo da teoria In e You.
15- Imagina que seus membros são espadas.
16- Para o homem que sai do seu portão, existe milhões de adversários.
17- No princípio, seus movimentos são artificiais, mas com a evolução tornam-se naturais.
18- A prática de fundamentos deve ser correta. Enquanto em uso torna-se diferente.
19- Domínio do seu corpo na coordenação, na força, na velocidade e elasticidade.
20- Estudar, criar e aperfeiçoar-se constantemente.

É comum que o principiante praticante de karate, notando seu rápido desenvolvimento, seja tomado por uma onda de impetuosidade, sentindo a necessidade de por em prática seus conhecimentos adquiridos. Esta idéia deve ser detestada e sanada, para que não venha a afasta-lo do real objetivo do karate, que é o de nobreza de espírito, domínio da agressividade, modéstia e perseverança; "possuir suavidade no seu exterior tendo quando necessário, coragem de enfrentar milhões de adversários, vibrar no seu interior". Esse é o verdadeiro espírito do karate.

Fonte: www.bushido-online.com.br


No começo, a maioria dos alunos não é consciente do estilo de Karate que pratica, até algum tempo depois. Uma vez que o aluno progrediu de um nível baixo a um mais avançado, começa a compreender a "política" existente entre os diversos estilos.
Facilmente, existem uns cinquenta estilos de Karate no Ocidente. O curioso de tudo isto é que o Karate realmente nasceu de três estilos diferentes que havia na ilha de Okinawa. Além disso, cabe destacar que os três estilos desenvolveram-se partindo de um só, o estilo nativo conhecido como "Te" que significa "mão".
Existem mais de trinta estilos autorizados ou reconhecidos no Japão e Okinawa. Ainda quando na sua maioria estes estilos tenham sido criados em Okinawa, outros foram desenvolvidos no Japão, por indivíduos que viajaram à China para completar seu treinamento. Por tanto, afirmar que todos os estilos de Karate são originários de Okinawa não é certo, ainda quando a maioria tenha origens nesta pequena ilha.

Te
A Arte Marcial simplesmente conhecida como Te, é um dos sistemas de combate de Okinawa. Devido à proibição de armas imposta pelos governantes japoneses à povoação de Okinawa, no século XVI, o Te desenvolveu-se como método de defesa pessoal. O Te considerado como uma Arte completamente autóctona da ilha, mas reconhece-se a influência de outros países orientais, especialmente da China. Um dos primeiros Mestres reconhecidos desta forma de combate à mão vazia, foi Shungo Sakugawa (1733-1815) O qual recebeu sua instrução directamente de um monge de nome Peichin Takahara. Sakugawa ensinou a Arte Marcial a Soken Matsumura, um dos maiores artistas marciais da história. Enquanto que a raiz da maioria dos estilos de Karate que desenvolveram-se em Okinawa, encontra-se na conexão SakugawaMatsumura, muitos outros estilos foram criados sem a influência de um ou de outro.
Na Okinawa do século XVIII, desenvolveram-se três centros importantes de estudo do Karate. Um deles ficava situado na antiga capital de Shuri, onde viviam os nobres e a família real. Um outro formou-se em Naha, o principal porto da ilha. O terceiro em Tomari. Cada uma destas cidades desenvolveu eventualmente seu próprio estilo.

Shuri-Te
Sakugawa, que está considerado como um dos primeiros Mestres de Te, também foi considerado como um dos primeiros Mestres de Shuri-Te, devido a viver nesta cidade. Sakugawa contava quase 70 anos de idade quando uma criança de nome Matsumura começou a treinar com ele. Matsumura tornou-se o melhor aluno de Sakugawa e depois da morte do Mestre, Matsumura chegou a ser o melhor instrutor de Shuri-Te. Sua influência originou a maioria dos diferentes estilos de Karate existentes hoje em dia.

Tomari-Te
Tomari fica perto da pequena povoação de Kumemura (Cidade Kume), que era habitada por grande números de militares treinados em diferentes estilos de Artes Marciais. Entre todos estes estilos havia sistemas "duros", descendentes do Templo Shaolin, assim como outros estilos "internos", que provinham de outros lugares da China.
Enquanto o Shuri-Te foi influenciado principalmente pelos estilos "duros" de Shaolin, o Tomari-Te teve influências tanto dos estilos "duros" como dos "suaves". Um dos principais Mestres de Tomari-Te foi Kosaku Matsumora, que ensinava o estilo sempre à porta fechada e em segredo. No entanto, só uns poucos estudantes de Matsumora chegaram a conseguir um nível suficientemente notável para transmitir a Arte.
Outro importante instrutor de Tomari-Te foi Kohan Oyadomari, o primeiro instrutor do grande Chotoku Kyan.

Naha-Te
Dos três estilos significativos daquela época em Okinawa, o Naha-Te era o estilo mais influenciado pelos sistemas "internos" chineses e o que menos contacto tivera com a tradição Shaolin. O maior Mestre de Naha-Te foi Kanryo Higashionna. Parece provado que Higashionna tenha estudado o estilo Shuri-Te com Matsumura, mas apenas durante um curto período. Higashionna era ainda muito jovem quando foi morar na China, onde permaneceu durante muitos anos. Quando regressou a Naha, abriu uma escola na qual destacavam padrões de movimentos respiratórios muito usados nos estilos "internos" chineses. Higashionna teve muitos bons alunos, os quais chegaram a ser famosos por eles mesmos, entre os que encontram-se Chojun Miyagi e Kenwa Mabuni.

Shorin Ryu
O Shuri-Te e o Tomari-Te fusionaram-se para fazer-se um só estilo denominado Shorin Ryu, que reconhece a influencia do Templo Shaolin. "Shorin" é a palavra chinesa para Shaolin. Foi na época de Sumura quando as duas formas se juntaram. Um dos maiores expoentes deste novo estilo foi Yatsutsume (Anko) Itosu, um dos melhores alunos de Matsumura.

Shorei Ryu
No momento de maior popularidade de Higashionna, o Naha-Te começou a ser conhecido como Shorei Ryu. Durante este mesmo período, o estilo começou a tomar uma nova direcção e transformou-se num estilo de combate puramente "interno". Isto foi devido em grande parte à influência de Choki Motobu. Apesar do estilo de Motobu ser considerado Naha-Te, na realidade não tinha nada a ver com Higashionna. Quando Motobu transformou-se em líder do Shorei Ryu, começou a orientar seu desenvolvimento numa outra direcção, principalmente por ter treinado com Anko, do estilo Shuri-Te e também com Matsumora, do estilo Tomari-Te. Motobu teve grande reputação como lutador nas ruas e como instrutor de Karate.

Shotokan
O fundador do Karate Shotokan foi aluno de Yasutsune Itosu e de seu bom amigo Yasutsune Azato. Itosu aprendeu seu estilo de Karate de Sooken Matsumura, enquanto que Azato foi treinado pelo instrutor de Tomari-Te, Kosaku Matsumora. Por tanto, Funakoshi treinara extensamente em Shorin Ryu e em Shorei Ryu. Devido à sua relação com estes dois grandes instrutores, Funakoshi teve ocasião de treinar também com outros mestres importantes.
Quando Funakoshi foi viver para Tóquio em 1930, fundou o estilo Shotokan. Shotokan traduz-se como a escola de "Shoto", porque o nome de batismo de Funakoshi era "Shoto".
Funakoshi encontrava-se na vanguarda quando a diversidade dos estilos de Karate transformaram-se em moda. Por não ser considerado partidário da especialização em apenas um estilo de Karate, sua influência ajudou em muito a provocar esta proliferação.

Shito Ryu
Enquanto Funakoshi treinava com ltosu, um de seus amigos e companheiros de aula era Kenwa Mabuni. Mabuni eventualmente, resolveu treinar num estilo diferente de Karate e viajou a Naha para treinar com Higashionna. Mabuni ficou com Higashionna durante muitos anos e inclusivamente treinou, ainda que por pouco tempo, com Chojun Miyagi. Miyagi regressara de seus treinamentos na China e a intenção de Mabuni era aprender dele as técnicas novas que ali tivesse aprendido.
Como Funakoshi, Mabuni mudou-se para o Japão e fundou o Shito Ryu. Shito era uma combinação dos nomes dos seus dois Mestres, Higa[shi]onna e I[to]su.
Mabuni ensinava uma combinação do estilo puro e lineal do Shuri-Te de Itosu e do estilo suave e circular de Naha-Te. Seu sistema de Shito Ryu está considerado como um dos sistemas mais praticados no Japão.

Goju Ryu
O Naha-Te que ensinava Higashionna, com o tempo, mudou seu nome para Shorei Ryu e começou a parecer-se aos estilos que tem origem no Templo Shaolin. O estilo original de Higashionna estava influenciado por um sistema de combate que existiu na China antes da tradição de Shaolin e era um pouco mais suave que o Shorin Ryu. O estudante de Higashionna, Chojun Miyagi, queria ensinar um estilo similar aquele que ensinava seu instrutor e seguindo as recomendações de seu Mestre, resolveu viajar à China para completar seu treinamento. Ali, concentrou-se no estudo de diferentes sistemas internos e técnicas de respiração.
Miyagi regressou a Naha e depois de vários anos, viajou ao Japão para ensinar na antiga capital de Tóquio. A Arte de Miyagi evolui do Naha-Te que aprendera de Higashionna até aquilo que em 1929, Miyagi denominou Goju Ryu, cujo significado é "Duro" (Go) e "Suave" (Ju). Foi a combinação desta arte suave e dura o que fez do Goju Ryu um dos sistemas mais praticados na actualidade. Um dos melhores alunos de Miyagi foi Gogen Yamaguchi "O Gato".

Wado Ryu
Quando Gichin Funakoshi realizava demostrações, normalmente era acompanhado do seus melhores alunos. O estudante que mais ajudou Funakoshi nas suas demostrações foi Hironori Otsuka, que começou a treinar com Funakoshi em 1926. A começos dos anos 30, Otsuka era considerado um dos melhores praticantes de Karate do Japão. É curioso assinalar o facto de que quando Otsuka fez-se aluno de Funakoshi, já era um Mestre de Shindo Yoshin Ryu Jujitsu, mas deixou de parte seu estilo para treinar com Funakoshi. Depois de treinar durante mais de dez anos com Funakoshi, de repente Otsuka deixou de treinar com Funakoshi e começou a estudar outros estilos de Karate, durante curtos períodos. Existem provas de ter inclusivamente treinado com Choki Motobu, antes de estabelecer-se por sua conta.
Em 1939, Otsuka fundou o Karate Wado Ryu (Wa significa "harmonia" e Do "caminho ou via"). Otsuka combinou o Karate que aprendera com Funakoshi com seu próprio estilo Yoshin Ryu Jujitsu, para desenvolver um sistema muito mais suave que o resto dos estilos. Seus treinamentos priorizam a perfeição da mente à perfeição da técnica. O Wado Ryu fez-se um estilo muito popular em todo o mundo.

Kyokushinkai
O Kyokushinkai é na actualidade um dos estilos de Karate mais duros. Seu fundador, o Mestre Masutatsu Oyama, começou seu treinamento em Shotokan num colégio militar, à idade de 14 anos. Na realidade, Oyama era um Coreano de nome Yee Hyung, mas mudou de nome quando foi viver para o Japão.
Oyama foi recrutado para o exército Imperial em 1941, depois de apenas dois anos de treinamento com Funakoshi. Depois da guerra, treinou com Chojun Miyagi e pouco depois, resolveu viver retiradamente e viajou à Montanha Kiyosumi, onde viveu isolado por mais de um ano e meio. Oyama tentou estabelecer sua própria escola mas não obteve muito êxito. No entanto, com o tempo sua prática de matar toiros com apenas um golpe de mão, proporcionou-lhe muita fama. Em 1952, Oyama viajou aos Estados Unidos para dar a conhecer o seu estilo. Aceitou todos os desafios e jamais perdeu um combate, acabando com a maioria de seus adversários por K.O. Quando Oyama regressou ao Japão, fundou o Kyokushinkai.
O Kyokushinkai dá prioridade ao combate descontrolado para ajudar os alunos a vencer o medo. Os competidores não usam equipamentos de protecção nos campeonatos e a maioria dos combates acabam com um K.O. Outra característica importante do Kyokushinkai são os exercícios de rompimento. Aos aspirantes a Cinto Preto são exigidos os teste de quebra.

Isshin Ryu
O fundador do Isshin Ryu, Tatsuo Shimabuku aprendeu Karate com diferentes instrutores de diferentes estilos. Estudou Goju Ryu com Chojun Miyagi, depois Shorin Ryu com Chotoku Kyan e finalmente Shorei Ryu com o Mestre Choki Motobu.
Foi durante a Segunda Guerra Mundial quando Shirnabuku ganhou fama corno instrutor. os oficiais japoneses estavam tão impressionados com os seus métodos de ensino que evitaram que fosse à guerra, para continuar a treinar com ele.
Depois da derrota dos japoneses, as forças americanas de ocupação em Okinawa mostraram-se muito interessadas pelo Karate de Shimabuku e muitos soldados americanos foram treinar com ele. Alguns dos melhores alunos de Shirnabuku eram americanos, entre eles contavam-se Steve Armstrong, Harold Mitchum e Don Nagel. Armstrong estava tão impressionado com Shimabuku que conseguiu do governo americano que lhe pagassem cinco dólares mensais, por cada soldado americano que treinasse com ele.
Em 1954, Shimabuku fundou o estilo lshshin Ryu, que significa "O estilo de um só coração".

Motobu Ryu
A família Motobu era nobre e praticava uma Arte Marcial considerada tão efectiva como mantida em absoluto segredo. Só o primogénito tinha o direito de aprender a Arte da família. Choki Motobu era o terceiro filho e desejava desesperadamente aprender o estilo de sua família, mas não foi autorizado. Por muito que espreitasse seu irmão mais velho e seu pai, Choki jamais aprendeu o suficiente nem para poder defender-se na rua. Por este motivo, foi aprender com outros.
O irmão mais velho, Choyu, era o verdadeiro Mestre da família. Por volta de 1940, Choyu acabou com a tradição e ensinou a Seikichi Uehara a sua Arte. Uehara fundou o Karate Motobu Ryu em 1961. Apesar de seu estilo ter esse nome em honra de Choyu Motobu, na realiade não é idêntico aquele ensinado na família.

Uechi Ryu
Surpreendentemente, o Karate Uechi Ryu nunca esteve influenciado por Shungo Sakugawa, nem por Soken Matsumura ou Kanryo Higashionna. Este estilo é considerado um rebento do Naha-Te, devido à origem e influências similares.
O fundador deste estilo foi Kanbum Uechi, um nativo de Okinawa que viajou à China e estabeleceu amizade com o monge Chou Tzu Ho, o qual ensinou-lhe um estilo similar ao que Higashionna aprendera. Este estilo chamava-se Pangai Noon, que significa "metade duro, metade suave".
Depois de quase quinze anos vivendo na China, Uechi voltou a Okinawa, mas nunca com a intenção de ensinar Artes Marciais. Apesar de muitos conhecerem a sua reputação como Mestre, levaram mais de 17 anos para conseguir convencer Kanbum Uechi a ensinar. Ao princípio, Uechi denominou a sua arte Pangai Noon, mas con o tempo mudou o nome para Uechi Ryu, a fim de evidenciar suas próprias inovações.
Infelizmente, o estilo só chegou a ser popular depois da morte de Uechi. Seu filho Kanei, continua a ensinar a sua Arte e hoje é um dos estilos mais populares de Okinawa.

Shorinji Ryu
O Karate Shorinji Ryu foi fundado depois da guerra por Hisataka e seu filho Masayuki. "Shorinji" é a tradução japonesa de "templo Shaolin".
Kori Hisataka desenvolveu este sistema com a intenção de iniciar um estudo profundo do ensino original do Templo de Shaolin. Também estava influenciado pelo Shorinji Kempo, um estilo criado por monges de Shaolin.




Fonte: www.fpk.com.br

JUDÔ E SUA HISTÓRIA


Judô
(caminho suave, em língua japonesa)

E uma arte marcial praticada como desporto, fundada por Jigoro Kano em 1882.
Os seus objetivos são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada, para além de desenvolver técnicas de defesa pessoal.

O Judo teve uma grande aceitação em todo o mundo, pois Kano conseguiu reunir a essência do jujutsu,arte marcial praticada pelos bushi, ou cavaleiros durante o período Kamakura (1185-1333), a outras artes de luta praticadas no Oriente e fundi-las numa única e básica.
O Judô foi considerado desporto oficial no Japão nos finais do século XIX e a polícia nipônica introduziu-o nos seus treinos. O primeiro clube judoca na Europa foi o londrino Budokway (1918).
A vestimenta utilizada nessa modalidade é o keikogi (não confundir com kimono), que no judô recebe o nome de judogi, e que com o cinturão forma o equipamento necessário à sua prática.
O judogi pode ser branco ou azul, ainda que o azul seja quase apenas utilizado para facilitar as arbitragens em campeonatos oficiais. Com milhares de praticantes e federações espalhados pelo mundo, o judô se tornou um dos esportes mais praticados, representando um nicho de mercado fiel e bem definido.
Não restringindo seus adeptos a homens com vigor físico e estendendo seus ensinamentos para mulheres, crianças e idosos, o judô teve um aumento significativo no número de praticantes. Sua técnica utiliza basicamente a força e peso do oponente contra ele.
Palavras ditas por mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao máximo a força física e espiritual". A vitória, ainda segundo seu mestre fundador, representa um fortalecimento espiritual.

Decadência e renascimento do Jujutsu

Em 1864, o comodoro Matthew Perry, comandante de uma expedição naval americana, conseguiu fazer com que os japoneses abrissem seus portos ao mundo com o tratado "Comércio, Paz e Amizade".
Abrindo seus portos para o ocidente, surgiu na Terra do Sol Nascente uma tremenda transformação político-social, denominada Era Meiji ou "Renascença Japonesa", promovido pelo imperador Matsuhito Meiji (1868-1912).
Anteriormente, o imperador exercia sobre o povo influência e poderes espirituais, porém com a "Renascença Japonesa" ele passou a ser o verdadeiro comandante da Terra das Cerejeiras. Nessa dinâmica época de transformações e inovações radicais, os nipônicos ficaram ávidos por modernizar-se e adquirir a cultura ocidental.
Tudo aquilo que era tradicional ficou um pouco esquecido, ou melhor, quase que totalmente renegado. Os mestres do jujutsu perderam as suas posições oficiais e viram-se forçados a procurar emprego em outros lugares.
Muitos se voltaram então para a luta e exibição em feiras.
A ordem proibindo os samurai de usar espadas em 1871 assinalou um declínio em todas as artes marciais, e o jujutsu não foi uma exceção, sendo considerado como uma relíquia do passado. Como não era difícil acreditar, tempos depois surgiu uma onda contrária às inovações radicais.
Havia terminada a onda chamada febre ocidental.
O jujutsu foi recolocado na sua posição de arte marcial, tendo o seu valor reconhecido, principalmente pela polícia e pela marinha. Apesar de sua indiscutível eficiência para a defesa pessoal, o antigo jujutsu não podia ser considerado um esporte, muito menos ser praticado como tal. Não haviam regras tratadas pedagogicamente e nem mesmo padronizadas. Os professores ensinavam às crianças os denominados golpes mortais e os traumatizantes e perigosos golpes baixos. Sendo assim, quase sempre, os alunos menos experientes, machucavam-se seriamente.
Valendo-se das suas superioridades físicas, os maiores chegavam a espancar os menores e mais fracos.
Tudo isso fazia com que o jujutsu gozasse de uma certa impopularidade, logicamente, entre as pessoas esclarecidas e que possuíssem um pouco de bom senso.
O jujutsu entrava em outra fase de decadência.

Nascimento do judô

Baseado nesses inconvenientes, Jigoro Kano, um jovem que na adolescência se sentia inferiorizado sempre que precisasse desprender muita energia física para resolver um problema, resolveu modificar o tradicional jujutsu, unificando os diferentes sistemas, transformando-o em um poderoso veículo de educação física.
Pessoa de alta cultura geral, ele era um esforçado cultor de jujutsu. Procurando encontrar explicações científicas aos golpes, baseados em leis de dinâmica, ação e reação, selecionou e classificou as melhores técnicas dos vários sistemas de jujutsu, dando ênfase principalmente no ataque aos pontos vitais e nas lutas de solo do estilo Tenshin-Shinyo-Ryu e nos golpes de projeção do estilo Kito-Ryu.
Inseriu princípios básicos como o do equilíbrio, gravidade e sistema de alavancas nas execuções dos movimentos lógicos. Estabeleceu normas a fim de tornar o aprendizado mais fácil e racional. Idealizou regras para um confronto esportivo, baseado no espírito do ippon-shobu(luta pelo ponto completo).
Procurou demonstrar que o jujutsu aprimorado, além de sua utilização para defesa pessoal, poderia oferecer aos praticantes, extraordinárias oportunidades no sentido de serem superadas as próprias limitações do ser humano.
Jigoro Kano tentava dar maior expressão à lenda de origem do estilo Yoshin-Ryu (Escola do Coração de Salgueiro), esta se baseava no princípio de “ceder para vencer”, utilizando a não resistência para controlar, desequilibrar e vencer o adversário com o mínimo de esforço. Em um combate o praticante tinha como o único objetivo à vitória. No entender de Kano, isso era totalmente errado. Uma atividade física deveria servir em primeiro lugar, para a educação global dos praticantes.
Os cultores profissionais do jujutsu não aceitavam tal concepção. Para eles o verdadeiro espírito do jujutsu era o shin-ken-shobu (vencer ou morrer, lutar até a morte). Diz a lenda que um médico e filósofo japonês, Shirobei-Akyama, estava convencido que a origem dos males humanos seria resultado da má utilização do corpo e do espírito. Deste modo partiu para estudos de técnicas terapêuticas chinesas, estudou o princípio do taoísmo, acupuntura e algumas técnicas de wushu, luta chinesa que usava as projeções, as luxações e os golpes. Quando Shirobei retornou ao Japão passou a ensinar seus discípulos o que havia assimilado do princípio positivo da filosofia taoísta, tanto na medicina como na luta, ou seja, ao mal ele opunha o mal, à força, a força.
No entanto este princípio só se aplicava a doenças menos complexas como em situações fáceis de lutas, ao enfrentar um oponente mais forte não dava resultados. Assim, seus discípulos o abandonaram e ele perplexo retirou-se para um pequeno templo e por cem dias meditou. Durante este espaço, tudo foi colocado em questão, a filosofia chinesa ying e yang, a acupuntura e por fim todos os métodos de combate, na medida que “opor uma ação a outra ação não é vantajoso a não ser que a minha força seja superior à força adversa”.
Certo dia quando passeava no jardim do templo enquanto nevava, escutava os estalidos dos galhos das cerejeiras que se quebravam sob ao peso da neve. Por outro lado, observou um salgueiro que com o peso da neve curvava os seus ramos até que a neve era depositada no solo e depois retornava a sua posição inicial.
Por suas idéias, Jigoro Kano era desafiado e desacatado insistentemente pelos educadores da época, mas não mediu esforços para idealizar o novo jujutsu, diferente, mais completo, mais eficaz, muito mais objetivo e racional, denominado de judô, e transformando-o num poderoso veículo de educação física.
Chamando o seu novo sistema de judô, ele pretendeu elevar o termo “jutsu” (arte ou prática) para “do”, ou seja, para caminho ou via, dando a entender que não se tratava apenas de mudança de nomes, mas que o seu novo sistema repousava sobre uma fundamentação filosófica.
Em fevereiro de 1882, no templo de Eishoji de Kita Inaritcho, bairro de Shimoya em Tóquio, oroJig Kano inaugura sua primeira escola de Judô, denominada Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade), já que “Ko” significa fraternidade, irmandade; “Do” significa caminho, via; e “Kan” instituto.

Devemos ao Judô algumas mudanças:

    * Uma grande organização, ao invés de pequenas organizações familiares.
    * A oportunidade de haver artes marciais como esportes olímpicos
    * O Uso do Kimono
    * As faixas coloridas (que foram depois imitadas pelo Karatê)

No Brasil

O judô surgiu no Brasil por volta de 1922, através de Thayan Lauzin . O conde Coma (Mitsuyo Maeda), como também era conhecido, fez sua primeira apresentação no país em Porto Alegre.
Partiu para as demonstrações pelos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, transferindo-se depois para o Pará em outubro de 1915, onde popularizou seus conhecimentos dessa arte.
Outros mestres também faziam exibições e aceitavam desafios em locais públicos. Mas foi um início difícil para um esporte que viria a se tornar tão difundido. Um fator decisivo na história do judô foi a chegada ao país de um grupo de nipônicos em 1938.
Tinham como líder o professor Riuzo Ogawa e fundaram a Academia Ogawa, com o objetivo de aprimorar a cultura física, moral e espiritual, por meio do esporte do quimono. Apesar de Riuzo Ogawa ser um mestre de jujutsu tradicional, chamou de Judô a arte marcial que lecionava quando este nome se popularizou.
Portanto, ensinava um estilo que não era exatamente o Kodokan Judo, o que não diminui sua enorme contribuição ao começo do Judô no Brasil.
Daí por diante disseminaram-se a cultura e os ensinamentos do mestre Jigoro Kano e em 18 de março de 1969 era fundada a Confederação Brasileira de Judô, sendo reconhecida por decreto em 1972.
Hoje em dia o judô é ensinado em academias e clubes e reconhecido como um esporte saudável que não está relacionado à violência. Esse processo culminou com a grande oferta de bons lutadores brasileiros atualmente, tendo conseguido diversos títulos internacionais.

http://www.judoinforme.com/historiajudo.html

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

JOGOS DE OPOSIÇÃO


Os jogos de oposição têm como principal objetivo o contato inicial com o esporte através de atividades lúdicas que vivenciam o mesmo. Essas atividades são adaptadas de outras brincadeiras para que os alunos se interajam e possam descobrir movimentos que normalmente não fariam.
Dentro dessas atividades, elas são subdivididas de acordo com o seu objetivo, são elas:

Jogos de Rapidez e Atenção
O objetivo deste tema é trabalhar a sua velocidade com ambos os membros para vivenciar numa luta verdadeira. Familiarizar os movimentos para executar numa possível luta, trabalhando seus fundamentos de forma lúdica. Exemplo a atividade da aranha.

Aranha – O professor escolhe um aluno que ficará ao centro da sala, ele terá que ficar com apoio de 6 membros para pegar os seus colegas, quando o aluno encostar em um colega, ele também vira aranha e continua até que todos virem. Para o aluno pegar, ele terá que se movimentar rapidamente se deslocando e os outros terão que se esquivar para não ser pego.

Jogo de Conquista de Objetos
Têm como objetivo a captura de um objeto, mas para isso, o aluno terá que pensar, se mover, usar a força, estratégia de como ter sucesso na captura. Atividades desse grupo já passa à vivenciar o domínio, como na atividade que logo citarei. Exemplo:

Gol com as mãos – É dividido em dois grupos de número igual, cada aluno do grupo recebe uma numeração, cada grupo fica posicionado numa distancia igual. O professor falará um numero, e o numero correspondente de cada grupo pegará a bola que estará ao centro e tentará levar até a base adversária realizando o gol, o outro não pode deixar ele fazer o gol tentando roubá-la para fazer o gol.

Jogo de Conquista de Território
Seu principal objetivo como o título já indica, é conquistar território através de golpes ou movimentos impedindo que seu adversário avance.

Conquista de Território – É dividido em dois grupos, uma corda delimitará o campo de cada grupo, cada grupo terá uma bola pra proteger, objetivo geral da atividade é roubar a bola do adversário e atravessar para seu campo. Não pode ficar em apenas 2 apoios. O professor impõe as regras adaptando-a.

Jogos para Desequilibrar
Tem como objetivo desequilibrar o adversário realizando sua queda. Esse grupo vivencia muito a característica de domínio na luta.

Em duplas - Os alunos formarão duplas sentando no chão encostando suas costas, após o sinal sonoro do professor, os mesmos terão que se virar, sem tirar os joelhos do chão, derrubar seu colega encostando suas costas no chão. Pode ser adaptada para realizar em pé para conseguir desequilibrar.

Imobilizar e Livrar
Atividade clara para domínio no qual se utiliza muito a força e agilidade para conseguir imobilizar o adversário quanto se livrar caso esteja próximo de ser imobilizado. Característica clara como uma luta de chão.

Jogos para Combater
Este ultimo grupo no intuito de vivenciar o esporte através de atividades lúdicas tem como objetivo a luta em si. Este esta mais perto da luta propriamente dita, o combate real, adaptando para brincadeiras lúdicas tornando um jogo de oposição.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Atividades práticas durante as aulas


Todas as atividade descritas abaixo foram realizadas durante as aulas práticas da professora Keith Sato para uma vivência com as lutas através de uma forma lúdica, atraindo os alunos para a modalidade sem que haja treinamento.


SOCIABILIZAÇÃO (Aquecimento) – Está atividade tem como objetivo a sociabilização entre os alunos para que numa aula inicial, os alunos conheçam seus colegas, assim como o professor conheça seus alunos, estimulando os alunos a realizarem um movimento criativo do mesmo. Para inicio da atividade, o professor toma a iniciativa, ele realizado um movimento ou pose sobre um golpe ou posição de uma luta falando ao mesmo tem seu nome, logo em seguida todos repetem. O próximo aluno fará a mesma coisa, e na hora de repetir, todos realizem o mesmo golpe do professor dizendo o seu nome e em seguida realiza o golpe do aluno dizendo seu nome também, e assim por diante.

TODOS CONTRA TODOS (Percussão) – Nessa atividade os alunos têm como objetivo tocar uma parte do corpo de qualquer colega que estiver na sala, segundo a parte do corpo que o professor indicar, eles se espalharão pela sela e o professor indica uma parte do corpo, o aluno tentará tocar esse local indicado dos seus colegas, mas não deixará que os outros o toquem.

EM DUPLAS (Domínio) – A atividade a seguir ajudará os alunos a ter um melhor reconhecimento de uma luta de domínio. Os alunos formarão duplas sentando no chão encostando suas costas, após o sinal sonoro do professor, os mesmos terão que se virar, sem tirar os joelhos do chão, derrubar seu colega encostando suas costas no chão.

TIRAR A BOLA (Domínio) – Cada aluno ficará sentado de costas para sua dupla, terá uma bola de ginástica entre os dois, após o sinal do professor, eles se virarão e agarrar a bola, o aluno que chegou atrasado terá que tirar a bola de seu colega transformando em sua posse, cabe aos alunos pensarem da forma que tentarão tirar a bola do adversário.

DERRUBAR O COLEGA (Domínio) – Os alunos em duplas partirão de pé, após o sinal do professor, cada um terá que derrubar seu adversário antes que ele o derrube. É uma adaptação em pé para que os alunos demonstrem uma velocidade e agilidade maior para derrubar o colega.


CACHORRINHO (Domínio) – O professor selecionará um aluno para ser o “cachorrinho”, ele terá como objetivo derrubar seus colegas estando com 6 apoios, enquanto que eles estarão fugindo com 2 apoios, o aluno que ele derrubar se torna o pegador até que todos forem derrubados.

TIRAR O COLETE (Mistas) – Em duplas, cada aluno terá que amarrar um colete em uma parte do seu corpo, cada um terá como objetivo protegê-lo e ao mesmo tempo tentar “roubar” o colete de seu adversário.

TOCAR COM O COLETE (Percussão) – Todos os alunos terão um colete, eles ficarão espalhados pela sala, o professor falará o nome de um dos alunos na sala, esse aluno terá que fugir para que não seja tocado com o colete pelos seus colegas, o professor fala o nome de outro colega e ele fugirá e assim por diante.

CLASSIFICAÇÃO DAS LUTAS


Sua classificação é conforme a ação motora de uma luta e quanto a sua distância.

A ação motora é dividida em dois grupos:
Percussão – É a modalidade no qual tem por objetivo apenas o toque no adversário, seja com chutes ou socos. A luta é realizada pelos atletas com uma uma média ou grande distância entre si para que haja o toque ao mesmo tempo se protegendo do adversário, o toque acarreta o ponto para a execução do toque perfeito. Exemplo de modalidades: Karatê, Boxe, Taekwondo.

Karatê

Boxe


Taekwondo


Domínio – As lutas de domínio têm como objetivo o contato direto, ou seja, não a distância entre os atletas para que haja a luta, para que o atleta tente superar o outro, ele tentará imobilizar, agarrar, derrubar para vencer a luta. Nesta classificação o atleta terá que ter um conjunto para superar seu adversário, como força, resistência, agilidade, diferente do outro tipo de luta. Exemplos como: Judô, Sumo, jiu jitsu.

Judô

Sumo

 Jiu Jitsu



Mistas - As lutas mistas envolvem as duas classificações já citadas, tanto domínio como percussão pra levar o atleta adversário ao nocaute técnico, imobilização, golpes que finalizam a luta derrotando-os. Exemplos: MMA (Artes Marciais Mistas).

MMA




A distância pode ser dividido em três partes:
Curta – Essa distância esta relacionada às lutas de domínio, pois sua ação motora é de segurar, contato direto sem toques. Exemplos: Sumo, Judô, Jiu Jitsu.

Média – A distância média esta relacionada à ação motora de toque com membros do corpo, ou seja, não há materiais havendo apenas toques para conquista do ponto. Está relacionada diretamente às lutas de percussão. Exemplos: Karate, Muay Thay, Taekwondo.

Longa – Para essa classificação, é obrigatoriamente a utilização de implementos para a prática das lutas. Exemplo: Esgrima, Kendo.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Resenha do artigos proposto pela professora Keith Sato

A luta como um todo, vem de gerações, tem toda a sua história, religião, praticas e regiões, ou seja, cada parte do mundo possui sua luta característica e objetiva. Antigamente era se utilizada para treinamento de combate, defesa de suas terras (ESPARTERO, 1999). A luta esta relacionada em todas as pessoas, desde a antiguidade no qual o homem luta contra o homem para sobreviver (FARIÑA, 2002).
Segundo Cisse (1995), no Senegal, a luta é a prática mais tradicional, classificada sob duas formas: golpes de percussão (socos) e a maneira tradicional, na qual é proibida a utilização do punho. Hoje em dia as lutas são praticadas em Jogos Olimpicos nas suas variadas modalidades.A luta hoje é muito utilizada em ambientes escolares, a importancia da educação da criança através da luta, ensinando os valores. Nas academias de ginasticas para o conhecimento e aperfeiçoamento da modalidade ou para um condicionamento físico. No esporte, a pessoa tem objetivo treinar para o alto rendimento participando de competições.
As lutas estão veinculadas a formação de profissionais de Educação Fisica, através do mesmo, o profissional passa à ter uma vivência no esporte, transmitindo esse conhecimento para as crianças ou treinamento especifico.
Segundo Nakamoto et al. (2004), sua definição caracteriza-se que é um jogo de oposição, entre duas ou mais pessoas, no qual o alvo é o próprio adversário, existindo a possibilidade de ataque a qualquer momento e simultaneamente. 
As lutas tem uma grande importância para a formação para uma melhor intervenção nesse segmento, a formação deve possibilitar aos alunos os seguintes conteúdos: origens e desenvolvimento  das lutas, artes marciais e esportes de combate; classificações e carcterizações quanto as denominações, sistemas de combate, vestimentas, temporalidade, ações motoras e princípios operacionais; progressões pedagógicas no âmbito escolar.
Para que um profissional de Educação Física na área do Bacharelado que irá trabalhar na disciplina de lutas e que esteja capacitado para tal finalidade, este deve ter um referencial teórico no qual ele tira a base para explicar e ensinar desde os fundamentos básicos das lutas como sua história, definições da luta, suas classificações, preparar o atleta para a disputa de uma competição, momento de trabalhar a especialidade da modalidade, velocidade, tempo de reação, força, resistência, agilidade. Lidar com aspectos externos como psicológico num momento de pressão, trabalhar o atleta em caso de lesões, derrotas, vitórias. O principal treinamento vem do teórico até seu aperfeiçoamento, para que serve e quando precisar executar o golpe. Por isso o profissional deve estar sempre se atualizando e estudando métodos para o treinamento ou iniciação, sempre trabalhando de forma séria e lúdica para fazer com que seu atleta se interesse mais com o esporte.

Lutas, Artes Marciais e Esportes de Cambate: Possibilidades, Experiências e Abordagens no Currículo da Educação Física.

Fabrício Boscolo Del`Vecchio
Emerson Franchini


Ensino das lutas: dos princípios condicionais aos grupos situacionais.

Mariana Simões Pimentel Gomes
Marcio Pereira Morato
Edison Duarte
José Júlio Gavião de Almeida